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O SILÊNCIO É UMA FONTE DE SENTIDOS

Eu passo do ponto às vezes, confesso, quando o assunto é falar. Falo, como diria minha vó, feito uma matraca. Falo pelos cotovelos, pelos olhos, digo, até pelos cabelos. Não tenho regras, nem tempo, nem miséria com palavras, pareço criança com doce quando me solicitam a fala. Exagero.

Crianças são, essencialmente, curiosas. Eu também sou. Tenho curiosidade tolas que me rendem muitas histórias que me rendem milhares de palavras que precisam ser ditas. Como rio querendo desaguar.

Não por acaso, como os rios, eu também não peço licença. Fico sondando os espaços, não para me comportar neles, mas para inundá-los com minha enchente de palavras. Quando criança era divertido. Mas, digamos que, hoje, já sou um rio bem vivido e com algumas experiências acumuladas.

As experiências nos ajudam aprender a fazer leituras dos gestos, das palavras, do olhar. E também da paciência de quem escuta alguém falando sem parar. A inocência de criança é uma dádiva que quando perdida não tem volta.

E por falar em dádiva quero falar sobre o silêncio que aprendi, as duras penas confesso mais uma vez, mas nem tudo são dores ou dureza. Porque nem todo silêncio está vazio. Como um carteiro que entrega páginas e mais páginas, escritas, impressas sem; necessariamente, precisar dizer uma só palavra. A descoberta dos significados do silêncio foi um grande divisor de águas para quem precisa transbordar. Dá pra fazer sem, efetivamente, tagarelar.

Boca fechada também diz…

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